As eleiçoes presidenciais do 5 de outubro passado foram as mais lutadas do Brasil democràtico e isto è confirmado dos resultados: a candidata do PT Dilma Rousseff nao consegui evitar o segundo turno com 41,5% das preferencias; ao contràrio o ganha com 33,6% o moderado Aècio Neves (PSDB), muito atràs nas pesquisas preeleitorais também com respeito à outra candidata Marina Silva (PSB), que assumiu a batalha eleitoral por causa da morte prematura do Edoardo Campos, que depois parou em 21,3% dos votos. O resultado da Rousseff neste 1° turno è o pior do PT desde 2002. No entanto o PT assegurou-se para la primeira vez o Governador dum Estado grande como o de Minas Gerais: serà Fernando Pimentel (52% dos votos); o PSDB confirma-se, ao contràrio, em Sao Paulo com Geraldo Alckmin (57% dos votos); o Estado do Rio de Janeiro irà ao 2° turno: candidato do PMDB – partido aliado do governo do PT – Luiz Fernando Pezao com 40% dos votos lutarà com o padre evangèlico do PRB (Republicano) Marcelo Crivela que obteve 20%.
Segundo a primeira pesquisa do IBOPE, feita no 8 de outubro, se as eleições foram realizadas na quinta feira passada (9 de outubro), Aècio Neves conquistaria 51% e Dilma Rousseff 49%. Dois em cada tres dos eleitores que dizem ter votado em Marina Silva no 1° turno votaria Neves no 2°; sò 18% deles dizem que votaria a Dilma Rousseff. O tucano tem os melhores resultados no Sul do paìs, onde lidera com 63% dos votos totais contra 33% da Dilma; lidera também no Sudeste, 48% contra 38%; no Norte/Centro-Oeste tem uma igualdade substantiva; enquanto no Nordeste a candidata do PT lidera com 59% contra 32% do Neves. O eleitorado dos dois candidatos é bem identificado: 63% dos eleitores do Neves recebe mais de cinco salários mínimos por mês; enquanto sò 29% deles votariam Dilma. A porcentagem é revertida entre aqueles que ganham até um salário mínimo por mês: 58% deles votariam Dilma; 33% Aècio. Além disso, enquanto Dilma tem um melhor controle sobre o eleitorado católico (46% contra 44% do Aècio), Aécio tê-lo no evangélica (49% contra 39% da Dilma).
Uma notìcia importante foi recebida por Aécio Neves no dia 8 de outubro, quando obteve o apoio do PSB e também o da Marina Silva, mas nao o do Movimento dela (a Rede). Apesar de alguns deputados do PSB, como a autoritària Luiza Erundina, ex Prefeito de Sao Paulo e defensora de muitas batalhas para a defesa dos direitos humanos fundamentais, foram declarados contràrios ao apoio incondicional ao PSDB do Neves – que iria quebrar a polarizaçao entre o PSDB e o PT – e favoraveis à libertade de voto para os proprios eleitores, o dom importante dos votos da Silva, segundo as declaraçoes dela mesma, pode ser transmitido para o candidato moderado. Aècio agradeceu muito da notìcia e afirmou que pretenderà levar adiante o legado de Eduardo Campos a todo Brasil.
Agora vocé tem que saber, atràs das perspectivas internas que vao se abrir ao resultado das presidenciais no Brasil, quais serao também as perspectivas nas relaçoes com os Brics, em particular nas relaçoes com a Rùssia, considerado o peso do Brasil no agregado geopolìtico, e o que poderia mudar entre os equilìbrios mundiais. Certamente nao era esperado que Aècio Neves chegasse ao 2° turno, pois todas as pesquisas declaravam como fato a chegada das duas leader mulheres, Marina Silva e Dilma Rousseff. No contexto internacional o partido conservador do Aècio Neves pode produzir alguma mudança, o que teria repercussoes ao nivel geopolìtico e nao so no interno dos Brics. O Brasil tem um papel de destaque nos Brics; fez uma parcerìa forte com a Russia, partner privilegiado nestes novos equilìbrios que estao cada vez mais em movimento para o multipolarismo. Os novos agregados geopolìticos, os Brics em particular, estao questionando a dominancia dos Paìses ocidentais, in primis a dos EUA. Recentemente o Brasil da Rousseff tem promovido diversas iniciativas, incluindo a de fundar um banco dos Brics com a meta ambiciosa de exceder o dòlar como moeda de reserva. Se Dilma ganha este caminho nao interrompeu e talvez seria reforçadas as perspectivas de expansao dos objectivos, que, neste momento, deveriam começar a ser feitos a partir de 2015-2016. Quem representarà o Brasile nos Brics deve refletir este compromiso. Mas a intençao serà diferente: o Brasil da Dilma Rousseff tentou mover-se nos Brics em funçao anti-americana, tendo acordos de comèrcio com a Rùssia de Putin. Um exemplo è o acordo de cooperaçao entre Brasil e Rùssia assinado em julho passado nos campos da ciencia, das tecnologìas e da inovaçao energètica. Em agosto, em seguida, o governo brasileiro, aproveitando-se da crise ucraina, obteve a luz verde de Moscou para aumentar as exportaçoes de carne para a Rùssia, porque Putin tem bloqueadas exportaçoes de alimentos para os EUA e a UE na querelle sobre Ucraina. O Brasil tornou-se um paìs que pode atuar como um contapeso para os paìses ocidentais para o comèrcio, comèrcio que antes teria sido possìvel apenas com esses paìses, cujas sançoes, hoje, sao menos medos. Nos ùltimos 12 anos surgiu de forma inelutàvel que o Brasil, antes o do Lula e depois o da Dilma Rousseff, pretende se tornar um player global contra os paìses que contam com o cènario internacional: por isso fez parcerias com os Brics, na Amèrica Latina e com a China; para nao esquecer suas raìzes a polìtica de investimentos estrangeiros brasileiros tem tido especial atençao na Africa tambèm, tentando promover o desenvolvimento duma àrea do mundo naqual mudaram os interesses da China. O Brasil do Aècio Neves e do partido moderado dele, prò-EUA, talvez até mesmo disponìvel para assinar acordos bilaterais con os EUA, seria certamente diferente do que conhecemos hoje e o caminho feito pelo PT provavelmente seria questionado.
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