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A votação brasileira e os programas sociais da era Lula Dilma

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No dia 16 de outubro a revista britânica “The Economist” dedicou a sua primeira página à corrida eleitoral no Brasil. Em vista do segundo turno, marcado para o dia 26 de outubro, o artigo “Why Brasil needs change” (\”Por que o Brasil precisa Mudar\”) afirma a necessidade do País em interromper a Era Lula- Dilma, iniciada em 2002. Segundo o edital, a vitória do candidato da oposição Aécio Neves do PSDB (partido de centro-direita brasileiro), pode ser de vital importância para o futuro do país latino-americano. Além disso, o apoio da leader socialista e ambientalista Marina Silva obtido na semana passada, poderia ter um peso decisivo na reta final. O candidato teria atualmente 48% das intenções de voto contra 52% da sua adversária (dados retirados do Datafolha*, dia 20 de outubro).

De acordo com o artigo, o Brasil está afrontando um período de estagnação, resultado da má gestão do governo Dilma. Os resultados, dos projetos de política de assistência social são concretos, mas insuficientes diante das falhas cometidas nos diversos setores privados e econômicos (como por exemplo, a crise da Petrobrás e do etanol). A eleição de Neves, explica, garantiria uma recuperação do crescimento econômico no país e um governo melhor, seja para os mais pobres que ricos.

Contudo, na realidade “brasileira” projetos como o “Bolsa Família“* e “Minha casa, minha vida“*, desenvolvidos para a população mais carente, tornam-se um fator de fundamental importância durante a campanha eleitoral. Como ilustrado na figura, os estados em que 25% da população recebem o Bolsa Família, votaram a maioria para o Partido dos Trabalhadores PT, de Dilma Rousseff – indicadas com a cor vermelha -, salvo raras exceções.

Uma das maiores dificuldades do candidato Neves, está no fato de ser identificado como um representante da alta elite, explica Marina Silva. Mas o candidato do PSDB garante “No nosso governo, o programa Bolsa Família não só será mantido como melhorado!”. Durante a sua administração entre 2003-2010 de Minas Gerais, o então governador Aécio Neves ficou distinto pela sua competente gestão. Motivo pelo qual, o candidato recentemente criticou o último projeto social no setor sanitário, iniciado no governo Dilma: o “Mais Médicos”. Tal programa foi criado em junho de 2013, em colaboração com Cuba e consiste na implementação de 15 mil médicos, na sua maioria cubanos, nas zonas mais desfavorecidas do país. Segundo o candidato do PSDB, o “Mais Médicos é um mito e representa um desperdício de dinheiro”. “Importar 15 mil médicos, irá comportar um investimento para a estadia e instrução deles insustentável a longo prazo, além de uma falta de respeito com os nossos profissionais competentes.”
Durante o primeiro turno, a candidata Rousseff teve 43,48% dos votos válidos expressos, Neves 39,75%, enquanto a candidata Marina Silva 13,00%. Em vista do voto decisivo, observadores mais espertos examinam atenciosamente o veredicto do estado de Minas Gerais. No cenário histórico brasileiro, esta particular área eleitoral reflete constantemente através do voto mineiro, a preferência nacional indicando o candidato vencedor e futuro Presidente da República.

 
Datafolha* Instituto de pesquisa do Grupo Folha.
Bolsa Família*: programa social de transferência de renda, que obteve 55 milhões de brasileiros como beneficiários, em 2013. Fornece em média 55 reais por indivíduo.
Minha casa, minha vida*: programa social que incentiva a compra da própria residência, a condições mais vantajosas através o financiamento do Banco Estatal.

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